JORNAL TERESINA NEWS: julho 2018
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terça-feira, 31 de julho de 2018

Três pessoas são baleadas no Conjunto Frei Damião


Três pessoas são baleadas no Conjunto Frei Damião

Fonte: Pm Pi
HUT: Foto raprodução
Hospital de Urgência de Teresina
Três pessoas baleadas foram atendidas na Unidade de Pronto Atendimento do Renascença, na zona Sul de Teresina. A polícia acredita em tentativa de execução. O adolescente B.K.S.L., de 17 anos B.K.S.L, levou um tiro no pé. Um outro adolescente, de iniciais A.J.C.S., de 16 anos, foi baelado na perna. Uma menina, de iniciais E.P.S., de 2 anos, atingida no tórax, foi encaminhada em estado grave para o Hospital de Urgência de Teresina, onde passou por cirurgia.

O cabo-PM Davi, do 8º Batalhão de Polícia Militar, explicou que os tiros aconteceram na Conjunto Frei Damião, na região do Alto da Ressurreição.
Segundo o diretor clínico da UPA, Rogério Medeiros, a criança de 2 anos foi levada em estado grave, entubada e inconsciente, para o HUT. Uma quarta pessoa também teria sido atingida por tiros e encaminhada para o Hospital de Urgência de Teresina. Essa informação não foi confirmada pelo HUT.
"A criança chegou aqui em estado grave e fizemos os primeiros atendimentos. Ela foi levada por uma ambulância do SAMU para o HUT entubada. O jovem levou um tiro no pé e já recebeu atendimento", explicou o médico.
Três homens um Celta preto chegaram por volta das 15h na quadra 3 do Conjunto Frei Damião. Foram vários disparos, que atingiram as pessoas que estavam do lado de fora da residência.
Equipes do 8º Batalhão de Polícia Militar estão em diligência para tentar prender o trio.

Dupla é presa após realizar arrastão em ônibus no São Cristovão


O celular de uma das vítimas indicou a localização dos bandidos
Fonte: Piauí
Bandidos são presos após arrastão em ônibus
Bandidos são presos após arrastão em ônibus Foto: Divulgação

Dois homens armados realizaram um arrastão no ônibus Rodoviária Circular na noite dessa segunda-feira (30) no São Cristóvão, zona Leste de Teresina. A dupla anunciou o assalto próximo ao supermercado Pão de Açúcar e agiu de forma violenta, chegando a agredir o motorista e o cobrador.
Os bandidos tomaram os pertences dos passageiros e o dinheiro do caixa do ônibus. Após o crime, os passageiros registraram Boletim de Ocorrência e uma das passageiras informou à polícia que seu celular, que foi levado pela dupla, possuía serviço de localização.
Os policiais rastrearam o aparelho celular da vítima, que indicou a localização no bairro São João, zona Leste, e logo se dirigiram ao local. A dupla estava em uma motocicleta Honda 125 de cor preta, e ao fugir da polícia, colidiu no muro de uma escola, no bairro Dirceu.
Os dois foram presos em flagrante e estavam em posse de um revólver calibre 38. As vítimas recuperaram seus pertences.



Foto: Divulgação

Polícia pede prisão do pai do bebê Jonatas em Joinville, SC

Fonte: Veja
© Facebook O bebê Jonatas, no primeiro dia de tratamento com medicamento importado dos EUA
O bebê Jonatas, no primeiro dia de tratamento com medicamento importado dos EUA
A Polícia Civil de Joinville (SC) indiciou os jovens Renato e Aline Openkoski, pais do bebê Jonatas, pelos crimes de estelionato e apropriação indébita, cujas penas somadas podem chegar a 9 anos de prisão. A polícia também pediu a prisão de Renato, sob a justificativa de que ele é o principal articulador dos crimes e diante da constatação de que eles continuam praticando o estelionato arrecadando dinheiro por meio da sensibilização das pessoas. Além deles, o médico Danny César de Oliveira Jumes também foi indiciado pelo crime de falso testemunho.

Os objetos apreendidos pela polícia na residência do casal em um mandado de busca e apreensão em fevereiro, entre eles o carro avaliado em cerca de 140 000 reais; televisão, óculos, perfumes, camisas de time de futebol, roupas e brinquedos, foram remetidos ao Fórum de© Facebook O bebê Jonatas, no primeiro dia de tratamento com medicamento importado dos EUA
 Joinville com a sugestão de que sejam leiloados e o dinheiro seja revertido ao tratamento da criança.

O casal estava sendo investigado pela delegada Georgia Marrianny Gonçalves Bastos, titular da Delegacia de Proteção à Criança, Adolescente, Mulher e Idoso de Joinville desde o começo deste ano sob a suspeita de desvio e mau uso do dinheiro arrecadado para o tratamento da doença do filho em campanhas na internet. Jonatas é portador da atrofia muscular espinhal tipo 1 (AME), uma doença genética rara, progressiva e extremamente incapacitante, que pode levar à morte em pouco tempo.

Com a ajuda de milhares de doadores desconhecidos e de celebridades como a atriz Danielle Winitz; as duplas Victor e Léo e Zezé di Camargo e Luciano; as apresentadoras Ana Hickman e Eliana, o cantor Luan Santana entre outros, os pais de Jonatas arrecadaram cerca de 4 milhões de reais em aproximadamente três meses – quantia mais do que suficiente para iniciar o tratamento do menino com o medicamento Spinraza, que promete estabilizar a progressão da doença e até mesmo recuperar movimentos perdidos em alguns casos. Cada dose da medicação custa em torno de 350 mil reais – são necessárias pelo menos quatro ampolas nos dois primeiros meses de tratamento, além das doses de manutenção a cada quatro meses.

O problema surgiu quando o casal Renato e Aline começou a alterar o padrão de vida, chamando a atenção dos doadores anônimos. De um lado, por meio das páginas nas redes sociais, a população pedia transparência e prestação de contas do uso do dinheiro. Do outro lado, Renato e Aline compraram um carro de luxo no valor de R$ 140 mil reais; mudaram de casa; trocaram os aparelhos de celular por modelos mais modernos; gastaram dinheiro em compras supérfluas, como óculos, perfumes, jóias e roupas para eles e não para o bebê.

A gota d’água aconteceu em dezembro do ano passado, na semana do Ano Novo, quando o casal viajou para Fernando de Noronha (um dos destinos turísticos mais caros do Brasil) com o dinheiro arrecadado na campanha, acompanhados do médico Danny César, de Balneário Camboriú. Só de passagens aéreas – pagas em dinheiro e à vista – foram quase 8000 reais. Lá no arquipélago, passaram a virada do ano na disputada Pousada do Zé Maria, reduto de famosos, cujos ingressos da ceia estão à venda neste ano por 1.318 reais taxas para homens e 1.048 reais + taxas para mulheres.

Após a viagem, os doadores começaram a exigir prestação de contas – algo nunca feito pelos pais. Além disso, o casal nunca cumpriu um acordo judicial firmado com o Ministério Público e a Justiça de Joinville de fazer o depósito judicial do dinheiro arrecadado e de prestar contas mensalmente. Por conta disso, em janeiro, a Justiça bloqueou as contas do casal e, desde então, o dinheiro tem sido liberado judicialmente apenas após a apresentação de notas ou documentos que comprovem os gastos.

Os crimes

Renato e Aline foram indiciados pelos crimes de estelionato e apropriação indébita – com base no artigo 89 da Lei da Pessoa com Deficiência. Segundo a delegada Geórgia, o estelionato surgiu no decorrer da campanha e foi caracterizado no ápice da arrecadação, em maio de 2017, quando o casal solicitava aos doadores valores em espécie, em mãos, sob argumento de que a conta sofria intervenção da Justiça, o que induzia as pessoas ao erro para eles obterem vantagem ilícita.

“A aplicação do artigo 89 foi resultado dos desvios dos valores da conta poupança do Jonatas, obtidos pela campanha, para uso próprio, como aquisição de celulares em uma cidade vizinha para não chamar a atenção dos doadores. Mas ao longo do ano, outros gastos foram se consolidando, como a compra do carro e da viagem para Fernando de Noronha”, explicou a delegada Geórgia. Sobre o pedido de prisão apenas para Renato, a delegada explicou que o inquérito demonstra que era ele quem articulava todas as ações. “Ele sempre

utiliza novas artimanhas para sensibilizar as pessoas, dissimula a verdade sobre as manifestações judiciais, se faz de vítima e quando os doadores cobram lisura nas redes sociais, ele exclui as indagações. Diante disso, concluo que não há outro recurso capaz de deter esse comportamento se não o cerceamento da liberdade, que está sendo danosa à coletividade.”

A delegada reforçou ainda que os autos do inquérito demonstram que Renato não era tão assíduo nos cuidados de Jonatas como Aline – o que justifica não pedir a prisão dela também. “Neste caso somo sensíveis em entender que é notória a importância da genitora no tratamento da criança, que já demonstra sinais de evolução”, afirmou. Geórgia, no entanto, pede a adoção de uma medida

cautelar de proibição de contato com os seguidores das redes sociais, para evitar o surgimento de novas vítimas.

O médico Danny César foi indiciado por falso testemunho, com pena prevista de dois a quatro anos de prisão. À polícia ele afirmou que doou 10 000 reais para que o casal fizesse uma viagem à Fernando de Noronha, fato que foi desmentido após a apreensão dos celulares de Renato e Aline. Em uma troca de mensagens, Aline diz ao médico que um jornalista entraria e contato e pede que ele reforce a versão que eles deram ao fato, confirmando a suposta doação do dinheiro.

O Ministério Público informou que ainda não recebeu o inquérito sobre o caso – o documento foi protocolado na sexta-feira (27) e deve ser distribuídoentre hoje e amanhã. A partir da distribuição, o Ministério Público tem cinco dias para se manifestar sob três possibilidades: o MP acata a acusação da Polícia Civil e denuncia o casal formalmente à Justiça; o MP recebe a acusação mas pede novas diligências e novos depoimentos ou o MP entende que não há crime e arquiva o caso. Para Geórgia, lidar com um caso tão incomum foi um desafio.


“Fizemos o melhor para reconstruir a verdade dos fatos e dar satisfação aos contribuintes desta campanha”, afirmou.


sábado, 28 de julho de 2018

Suspeito vende joias por R$ 200 e chora ao descobrir que valiam R$ 50 mil: ‘pensei que era bijuteria’


Homem foi preso e soube na delegacia que as peças roubadas eram autênticas e não imitação. Polícia agora tenta localizar a pessoa que comprou as joias, que pode responder por receptação.

Fonte: G1 Pi
Suspeito chora ao descobrir que joias roubadas valiam R$ 50 mil
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Um homem suspeito de roubar R$ 50 mil em ouro foi preso, nessa quinta-feira (26), e confessou à polícia ter vendido as joias roubadas por R$ 200. A ocorrência foi registrada no 2º Distrito Policial, na Zona Norte de Teresina. Na delegacia, o suspeito chorou ao ser informado que os objetos roubados eram autênticos e não imitação.
"Vendi por R$ 200, pensei que era bijuteria", lamentou o suspeito. De acordo com o 2º DP, o homem revelou ter vendido as joias no Troca-troca, mercado livre localizado no Centro de Teresina. Além do dinheiro, o suspeito recebeu quatro pedras de droga análoga ao crack.
As joias foram roubadas de uma residência. Segundo a polícia, o suspeito entrou em uma casa vizinha e 'pescou' os objetos, que estavam em uma mesa próxima à janela da casa da vítima. A ação foi registrada por câmeras de segurança de um posto de combustíveis próximo ao local do crime.
O suspeito foi levado para a Central de Flagrantes para os procedimentos legais e a polícia agora tenta localizar a pessoa que comprou as joias dele, que pode responder por receptação, por ter comprado produto de roubo.


Homem foi preso e soube na delegacia que as peças roubadas eram autênticas e não imitação. Polícia agora tenta localizar a pessoa que comprou as joias, que pode responder por receptação.

Fonte: G1 Pi
Suspeito chora ao descobrir que joias roubadas valiam R$ 50 mil
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Um homem suspeito de roubar R$ 50 mil em ouro foi preso, nessa quinta-feira (26), e confessou à polícia ter vendido as joias roubadas por R$ 200. A ocorrência foi registrada no 2º Distrito Policial, na Zona Norte de Teresina. Na delegacia, o suspeito chorou ao ser informado que os objetos roubados eram autênticos e não imitação.
"Vendi por R$ 200, pensei que era bijuteria", lamentou o suspeito. De acordo com o 2º DP, o homem revelou ter vendido as joias no Troca-troca, mercado livre localizado no Centro de Teresina. Além do dinheiro, o suspeito recebeu quatro pedras de droga análoga ao crack.
As joias foram roubadas de uma residência. Segundo a polícia, o suspeito entrou em uma casa vizinha e 'pescou' os objetos, que estavam em uma mesa próxima à janela da casa da vítima. A ação foi registrada por câmeras de segurança de um posto de combustíveis próximo ao local do crime.
O suspeito foi levado para a Central de Flagrantes para os procedimentos legais e a polícia agora tenta localizar a pessoa que comprou as joias dele, que pode responder por receptação, por ter comprado produto de roubo.

Picos | Incêndio de grandes proporções em depósito avança e atinge residência

Com informações e fotos do Portal Grande Picos


Um incêndio de grandes proporções atingiu o depósito de uma empresa de reciclagem e uma residência na cidade de Picos, na tarde desta sexta-feira (27/07).

A fumaça intensa das chamas do local, que fica às margens da BR-704, podia ser vista de diversos pontos da cidade.
O empresário Waldermar Alves, proprietário do depósito, relatou ao portal local Grande Picos que não sabia como as chamas iniciaram.

“Aconteceu de repente. Deu uma explosão. Um menino passou e viu e falou ‘olha está tendo um foguinho’, aí de repente nós viemos e quando chegamos, o fogo já estava alagando tudo, aí fomos chamar os bombeiros”, relatou.

Apesar do fogo ter ser espalhado muito rápido, ninguém ficou ferido.


sexta-feira, 27 de julho de 2018

Morador de rua é espancado até a morte na zona Sudeste de Teresina

A Polícia Civil está investigando o caso.

Fonte: Meio Norte
Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (Crédito: Reprodução)
Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (Crédito: Reprodução)
Na manhã desta sexta-feira (27/07), um homem identificado apenas como Antônio, mais conhecido como ‘Chaparal’, foi encontrado morto no quintal de uma residência no bairro Todos os Santos, na zona Sudeste de Teresina.
De acordo com informações da repórter da Rede Meio NorteSolange Souza, a vítima seria morador de rua. Antônio foi espancado até a morte em um terreno atrás de uma loja de material de construção. Segundo populares, ele foi visto com vida pela última vez ontem por volta das 18h. O corpo foi encontrado com um tronco de madeira na cabeça.
Policiais do 8º batalhão da Polícia Militar que foram até o local afirmaram que Antônio foi visto bebendo com outras pessoas. “Nós fomos acionados com a notícia de um corpo, ao chegar no local constatamos o óbito, algumas pessoas informaram que ele estava bebendo ontem com outras pessoas, a perícia está tentando identificar outras perfurações, o que vimos foi um tronco em cima da sua cabeça”, afirmou o comandante.
Moradores afirmaram que a vítima era conhecido da região e sempre recebia comida e roupa dos vizinhos. Agentes da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa investigam o caso.

Prefeito preso ameaça jornalista: 'Depois a gente acerta na Baixada'

Carlos Moraes foi preso por suspeita de associação com o tráfico

Fonte: Noticias ao minuto
© Divulgação / prefeitura de Japeri
Prefeito preso ameaça jornalista: 'Depois a gente acerta na Baixada'
prefeito de Japeri, Carlos Moraes, foi preso na manhã desta sexta-feira (27) por suspeita de associação com o tráfico. O político alvo da operação Sênones xingou e ameaçou jornalistas ao ser detido.
"Depois a gente acerta na Baixada!", gritou o prefeito. 
"Você está me ameaçando?", perguntou o repórter Diego Haidar. 
"Tô! Tô! Eu estou sendo ameaçado!", afirmou o prefeito em resposta.
A polícia encontrou arma, munição, R$ 34 mil em espécie e 850 dólares na casa do prefeito. De acordo com o G1, o advogado do político, Flávio Fernandes, disse que ele "jamais se associou a traficantes".
"Estou tomando ciência de tudo agora. Mas, em uma análise superficial do que existe na investigação, é de fácil conclusão de que não está nesse tipo penal", afirmou Fernandes. "Ele vinha atuando para rechaçar o tráfico de drogas", completou.

Facção estaria recrutando detentos nos presídios do Piauí e polícia investiga

Fonte: 180graus
  Imagem: Reprodução/TV Cidade Verde

A pichações trazem dizeres como "B.40 é nós. Caçadores de Alemão", que seria uma forma de intimidar os rivais. Até a sede da associação de moradores do bairro Santo Antônio, zona Sul de Teresina, foi pichada.
Em entrevista, o tenente coronel Luis Antonio Pitombeira, disse que o sistema prisional também está em alerta e monitora os detentos, já que muitos acabam aderindo ao grupo.
A polícia e a Secretaria de Justiça vão intensificar as investigações com o objetivo de evitar que tal facção se instale no Piauí.

Ataques a carros-fortes crescem 53% no Brasil; SP e BA têm mais casos

Levantamento do G1 com base em dados da ABTV e Contrasp mostra aumento no 1º semestre de 2018 em comparação com mesmo período de 2017. Veja os estados onde ocorreram ataques.

Fonte: G1

O número de ataques criminosos a carros-fortes cresceu 53% no Brasil no primeiro semestre deste ano em comparação com o mesmo período de 2017. É o que aponta levantamento feito pelo G1 com base em dados da Associação Brasileira de Transporte de Valores (ABTV) e da Confederação Nacional dos Trabalhadores de Segurança Privada (Contrasp).
O país teve 75 ataques a carros-fortes de janeiro a junho de 2018. No mesmo período do ano passado foram 49 ocorrências e, nos primeiros seis meses de 2016, foram 22 ações. Vídeos gravados por câmeras de segurança mostram como são esses ataques (veja acima).
  • Estradas vazias favorecem ataques a carros-fortes no Nordeste, diz associação
  • Treze vigilantes morreram em ataques entre 2016 e 2018; veja relatos
  • Veja todos os ataques a carros-fortes e bases no 1° semestre
  • Ataques a carros-fortes no Brasil no 1° semestre  (Foto: Juliane Monteiro e Karina Almeira/ G1)
  • Os taques a carros-fortes no Brasil no 1° semestre (Foto: Juliane Monteiro e Karina Almeira/ G1)
    O levantamento revela ainda que, nos últimos dois anos, a região Nordeste do país é a que vem acumulando mais casos de roubos e tentativas de assalto a carros-fortes.
    Foram 34 ataques nessa região em 2016, 56 ações em 2017 e essa tendência persiste em 2018, quando, de janeiro a junho, quadrilhas armadas com metralhadoras e fuzis atacaram 46 carros-fortes.
    As quadrilhas que atuam no Nordeste têm sido chamadas de "novo cangaço", numa alusão ao antigo bando de Lampião, por atacarem os veículos que passam por estradas cortando o sertão.
  • Ataques a carros-fortes no Brasil por região ano a ano desde 2016 (Foto: Juliane Monteiro e Karina Almeida/G1)
  • Ataques a carros-fortes no Brasil por região ano a ano desde 2016 (Foto: Juliane Monteiro e Karina Almeida/G1)
  • Ataques a carros-fortes no Brasil por região ano a ano desde 2016 (Foto: Juliane Monteiro e Karina Almeida/G1)
    Nas outras regiões do país também houve um aumento significativo de ataques ao longo de três anos, mas reforçando a dinâmica: a região Sudeste aparecendo em segundo lugar no acúmulo de casos, seguida da Sul, Centro-Oeste e Norte.
    Foram mais 13 ocorrências na Sudeste, 11 ações na Sul, três ataques na Centro-Oeste e dois no Norte em 2018.
    No âmbito dos estados, São Paulo e Bahia tiveram mais casos no primeiro semestre de 2018: cada um teve dez registros, entre roubos e tentativas de assalto a carros-fortes.
  • Ataques a carros-fortes e bases operacionais no 1° semestre de 2018 no Brasil (Foto: Juliane Monteiro e Karina Almeida/G1)
  • Ataques a carros-fortes e bases operacionais no 1° semestre de 2018 no Brasil (Foto: Juliane Monteiro e Karina Almeida/G1)

    O que pode explicar o aumento

    O consultor em segurança pública José Vicente da Silva Filho aponta a "facilidade" dos criminosos em conseguir roubar o dinheiro dos veículos e a "deficiência" das polícias em identificar e prender essas quadrilhas.
  • "O principal motivo é que é muito fácil. O principal objetivo de qualquer bandido é o dinheiro vivo. O dinheiro vivo está nos veículos de transporte de valores", diz Silva Filho, que já foi secretário Nacional de Segurança Pública e é ex-coronel da Polícia Militar (PM) de São Paulo. "Como esse recurso é muito farto, dinheiro é farto, através de uma ação um pouco mais espetaculosa, em termos de armamento pesado, esses fatos vão acontecendo."
    "Nós temos uma deficiência da polícia para identificar esses grupos, então há uma tendência de expansão nesse tipo de crime", aponta Silva Filho.
    O especialista afirma ainda que São Paulo e Bahia concentram mais ataques por causa da estruturação das quadrilhas que agem nesses territórios. "Quando há uma concentração desse crime, muito específico, podemos cogitar da existência de grupos organizados que não estão encontrando resistência por parte do trabalho da polícia, principalmente da polícia de investigação."
  • Ataques a carros-fortes na Bahia no 1° semestre de 2018 (Foto: Juliane Monteiro e Karina Almeida/G1)
  • Ataques a carros-fortes na Bahia no 1° semestre de 2018 (Foto: Juliane Monteiro e Karina Almeida/G1)
  • Ataques a carros-fortes  em São Paulo no 1° semestre de 2018 (Foto: Juliane Monteiro e Karina Almeida/G1)
  • Ataques a carros-fortes em São Paulo no 1° semestre de 2018 (Foto: Juliane Monteiro e Karina Almeida/G1)
  • Ataques a bases

    Em 2016, havia mais ataques a prédios das empresas de transporte de valores no Brasil do que a carros-fortes. Foram registrados sete casos de invasão a bases.
  • Há dois anos, Ruben Shechter, diretor presidente da Associação Brasileira de Transportes de Valores, se reuniu com as empresas e secretarias de segurança públicas estaduais para adotar medidas preventivas de segurança e tentar reduzir os ataques às bases. As empresas investiram R$ 400 milhões em segurança nos últimos cinco anos, segundo a ABTV, que, alegando questões estratégicas de segurança, não divulga detalhes do que foi feito.
    Em 2017, os ataques a transportadoras de valores caíram para três casos. E neste ano ocorreram duas investidas a bases – uma no dia 6 de fevereiro em Eunápolis, na Bahia, e outra no dia 1° de abril em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul.
    “Em função dessa ação positiva em relação a bases de transporte de valores, a gente percebe uma migração das tentativas de assalto a carros-fortes”, afirma Shechter.
  • Ataques contra bases operacionais e carros-fortes (Foto: Juliane Monteiro e Karina Almeida/G1)
  • Ataques contra bases operacionais e carros-fortes (Foto: Juliane Monteiro e Karina Almeida/G1)
  • Violência e mortes

    Além de usar explosivos para roubar o dinheiro dos veículos, a violência dos assaltantes tem deixado vigilantes mortos e feridos nos confrontos. Levantamento do G1 a partir de dados da ABTV e Contrasp aponta que ao menos dez vigilantes foram mortos e outros 51 ficaram feridosdurante ataques a carros-fortes e bases entre 2017 e o primeiro semestre deste ano.
    "Em 2018, nós já tivemos quatro mortes de companheiros vigilantes que perderam a vida transportando numerário nessas estradas em todo país", lamenta João Soares, presidente do Contrasp.
    Há relatos ainda de policiais e até de pedestres que morreram ou se machucaram durante os ataques. Apesar de alguns grupos que atacam carros-fortes terem sido presos, outros continuam soltos devido à dificuldade das polícias em identificá-los. Muitos usam máscaras, por exemplo.

    Tráfico de armas

    Para a ABTV, a redução dos ataques passa pelo maior controle do tráfico de armas, que é feito pela Polícia Federal (PF) nas fronteiras e, paralelamente, pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) nas estradas e pelas forças de segurança nos estados.
    “A atuação das autoridades tem sido bastante eficiente no sentido de identificar e utilizar meios de inteligência para coibir ações”, admite Schechter, presidente da ABTV, que, no entanto faz uma ressalva. “Mas ainda existe muito trabalho a ser feito: o controle de armas, o controle do tráfico de armas, o controle mais rígido de explosivos”.
  • Criminosos usam armas de guerra para intimidar seguranças (Foto: Juliane Monteiro e Karina Almeida/ G1)
  • Criminosos usam armas de guerra para intimidar seguranças (Foto: Juliane Monteiro e Karina Almeida/ G1)
  • Enquanto criminosos usam metralhadora .50, capazes de derrubar aeronaves, fuzis e explosivos, que abrem ao meio um carro-forte, vigilantes tentam se defender com um revólver 38 e escopetas calibre 12.
    De acordo com Silva Filho, a solução para se reduzir os ataques a carros-fortes está numa medida, que ele considera mais inteligente. "O dinheiro, se for destruído cada vez que for tentar manipular os malotes, simplesmente os assaltos vão desaparecer", conta o especialista. Ele cita, por exemplo, o uso de um dispositivo com tinta para manchar as notas.

    O que dizem os órgãos de segurança

    G1 procurou as assessorias de imprensa da Polícia Federal, da Polícia Rodoviária Federal e também das secretarias de seguraça de São Paulo e da Bahia – os estados que mais concentraram ataques neste ano. Veja a resposta dos órgãos:

    SSP-SP

    De acordo com a Secretaria da Segurança Pública (SSP) de São Paulo, a 5ª Divisão de Investigações de Crimes Contra o Patrimônio (DISCCPAT), do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) da Polícia Civil, "realiza ações constantes visando coibir os crimes de assaltos a carros-fortes."
    Ainda segundo a pasta da Segurança de São Paulo, "as ações realizadas permitiram a redução de 50% dos casos neste ano em relação ao mesmo período ano passado. Além disso, o trabalho policial possibilitou a queda de 75% dos ataques a bases de transporte de valores e de 85,7% dos sequestros de funcionários das empresas de transportes no ano passado em comparação com 2016."
    De acordo com a SSP, "outro fator importante que contribuiu para a queda dos casos foi a prisão de duas pessoas, em Itupeva [interior do estado], e de oito homens, integrantes de uma quadrilha especializada, em novembro do ano passado, na Zona Leste" de São Paulo.

    SSP-BA

    A Secretaria de Segurança Pública da Bahia informou que a maior parte das estradas por onde os carros-fortes passam não tem fiscalização policial porque as empresas não informam as rotas e horários de trânsito dos seus veículos. "Eles se negam a dar as informações, com a alegação de que a polícia pode vazar para bandidos", informa nota da assessoria.
  • PF

    Por meio de nota, a PF informou que "com relação ao tipo de crime citado, a Polícia Federal, como polícia judiciária da União, apura os crimes de roubos de repercussão interestadual e internacional, bem como aqueles praticados contra o patrimônio da União, a exemplo de empresas públicas."
    Segundo a PF, "dessa forma, a investigação de roubo a carros-fortes, em regra, não é de atribuição da Polícia Federal. Nossas investigações, nesse sentido, têm como foco o combate a facções criminosas e ao tráfico de armas."

    PRF

    A Polícia Rodoviária Federal não se posicionou sobre o aumento de casos de ataques a carros-fortes até a publicação desta reportagem.
    *Colaboraram: Roberta Giacomoni, Amanda Polato, Thiago Reis e Clara Velasco