Dezenas de
investigados em desdobramento da Operação Carne Fraca também foram indiciados
pelo delegado Maurício Moscardi.
Fonte: G1
Empresário Abílio Diniz foi indiciado pela Polícia Federal
por estelionato, organização criminosa e crime contra a saúde pública — Foto:
GloboNews
O delegado
da Polícia Federal (PF) Maurício Moscardi indiciou o empresário Abílio Diniz e
mais de 40 investigados na Operação Trapaça, que é um desdobramento da Operação
Carne Fraca. Diniz foi indiciado por estelionato, organização criminosa,
falsidade ideológica e crime contra a saúde pública.
As
investigações apontam que quatro fábricas da BRF Brasil Food são suspeitas de
fraudar laudos relacionados à presença de salmonela em alimentos para
exportação a 12 países que exigem requisitos sanitários específicos de controle
da bactéria do tipo salmonella spp.
O grupo
inclui China, África do Sul e países da União Europeia. Nesses países, a
porcentagem de salmonella spp tolerada é menor que a tolerada no Brasil. De
acordo com o ministério, estão suspensas as exportações dessas fábricas da BRF
para esses 12 destinos.
O G1 tenta contato com a defesa de
Abílio Diniz.
Como funcionava a fraude
De acordo
com as investigações, cinco laboratórios (sendo 3 credenciados junto ao Mapa e
2 do setor de análises da BRF) fraudavam resultados de exames feito nos
produtos. Dessa forma, dados fictícios eram informados em laudos entregues ao
Serviço de Inspeção Federal (SIF/MAPA) a fim de driblar a fiscalização. Por
esse motivo, a operação foi batizada de Trapaça.
As fraudes
começaram em 2012 e foram reveladas a partir da ação trabalhista de uma
ex-funcionária do grupo.
Segundo a
PF, executivos da BRF, do corpo técnico e profissionais responsáveis pelo
controle de qualidade dos produtos da empresa consentiam com as fraudes. Os
executivos ainda fizeram manobras extrajudiciais para dificultar a
investigação.
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