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terça-feira, 23 de agosto de 2016

Ryan Lochte perde todos patrocinadores após assalto forjado

POR WALDIR JUNIOR DE SALVADOR/BA
FONTE: FOLHA DE SP

O nadador americano Ryan Lochte, envolvido no caso de falsa declaração de assalto durante os Jogos Olímpicos do Rio, perdeu todos os seus patrocinadores nesta segunda-feira (22).
As marcas Speedo USA, Ralph Lauren, Airweave e Syneron Candela decidiram romper com o atleta após a polêmica.
"Como parte da decisão, a Speedo USA doará US$ 50 mil dólares do valor pago a Lochte à Save The Children, uma instituição global de caridade parceira da matriz da Speedo, para crianças do Brasil", declarou a companhia em comunicado divulgado em seu Twitter.
"Embora tenhamos usufruído de um relacionamento vitorioso com Ryan [Lochte] por mais de uma década e ele tenha sido um membro importante do time Speedo, nós não podemos perdoar comportamento que vai contra os valores que esta marca defende há tanto tempo", afirmou a empresa.
A Speedo agradeceu os feitos de Lochte, e disse ainda que "espera que ele siga adiante e aprenda com essa experiência".
De acordo com o programa Good Morning America, da rede americana ABC, a grife de roupas divulgou o seguinte comunicado: "A Ralph Lauren continua a apoiar o time americano com orgulho. E valoriza os atletas que vestem a nossa marca. O contrato específico com Ryan Lochte, feito especificamente para a Rio 2016, não
A Folha de S. Paulo destaca ainda que a empresa do produtos estéticos Syneron Candela, que havia escolhido Lochte como embaixador global da marca para um de seus produtos em abril, disse que vai esperar a conclusão da investigação dos fatos ocorridos no Rio com o nadador.
"A situação atual no Brasil em relação a Ryan Lochte é uma investigação em andamento. Assim sendo, iremos suspender nossas decisões até termos um entendimento mais completo da situação", disse a empresa à agência de notícias Reuters.
A Airweave divulgou sua posição em sua conta no Twitter: "Depois de avaliarmos com calma, tomamos a decisão de terminar nossa parceria com Ryan Lochte. Seguimos empenhados em apoiar o Time EUA e os atletas que estão se preparando para a Paralimpíada", diz o texto.
ENTENDA O CASO
A polêmica envolvendo quatro nadadores dos EUA começou durante a Olimpíada do Rio, quando Ryan Lochte, 32, afirmou ter sido assaltado na madrugada, quando voltava à Vila Olímpica depois de sair de uma casa temática da França na Lagoa Rodrigo de Freitas.
Ele estava acompanhado por outros três nadadores: Gunnar Bentz, Jack Conger e Jimmy Feigen.Três dias depois, a Justiça do Rio entendeu que havia divergências nos relatos dos atletas e determinou a apreensão dos passaportes dos nadadores norte-americanos Ryan Lochte e Jimmy Feigen.
Com a medida, eles estariam impedidos de sair do Brasil. Lochte, porém, já havia deixado o país 24h antes do impedimento da Justiça.
A Polícia Federal, então, impediu o embarque de dois nadadores americanos, Gunnar Bentz e Jack Conger, em um voo com destino aos Estados Unidos. Eles foram impedidos de deixar o Brasil até prestarem esclarecimentos à Polícia Civil sobre o suposto assalto, na quinta (18).
A Folha de S.Paulo esteve no posto de gasolina em que os atletas disseram ter sido assaltados e entrevistou o dono do estabelecimento, que pediu para não ser identificado.
Ele afirma que os americanos "não entraram no banheiro. Começaram a urinar no jardim e na parede na lateral da loja".Câmeras de segurança do posto gravaram o ocorrido. As imagens foram exibidas pela TV Globo.
Os policiais concluíram que os atletas se envolveram em uma briga quando retornavam à Vila Olímpica e que não houve um assalto.O comitê olímpico dos EUA e Ryan Lochte pediram desculpas ao Brasil.
Além de possíveis perdas com patrocinadores, Lochte pode sofrer punições também no âmbito esportivo. O diretor-geral do Comitê Olímpico dos Estados Unidos, Scott Blackmun, prometeu neste domingo (21) que os quatro atletas americanos da equipe de natação devem receber sanções em breve.

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