JORNAL TERESINA NEWS: Costureira baleada por PM tem morte cerebral confirmada pela Prefeitura de Duque de Caxias
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quarta-feira, 22 de agosto de 2018

Costureira baleada por PM tem morte cerebral confirmada pela Prefeitura de Duque de Caxias


Vânia Silva Tibúrcio Lopes estava com o marido dentro do carro da família quando foi baleada em durante blitz na noite de segunda-feira (20).

Fonte: G1
Vânia Silva Tibúrcio estava com o marido dentro do carro da família quando foi baleada em Duque de Caxias (Foto: Reprodução/ TV Globo)
 Vânia Silva Tibúrcio estava com o marido dentro do carro da família quando foi baleada em Duque de Caxias (Foto: Reprodução/ TV Globo)

A costureira Vânia Silva Tibúrcio Lopes, de 37 anos, teve morte cerebral confirmada pela Secretaria Municipal de Saúde de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, nesta terça-feira (21). Ela foi baleada por um policial militar depois que o carro onde estava parou em uma blitz.
                  
Ela estava em estado grave e com uma bala alojada na base do crânio quando chegou ao Hospital Municipal Dr. Moacyr Rodrigues do Carmo. A confirmação da morte foi dada por volta das 15h40 desta terça.

Vânia estava com o marido, Carlos Alberto Lopes, dentro do carro da família quando foi baleada no pescoço, próximo à cabeça, por um policial militar em uma blitz na noite desta segunda-feira (20) em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.

O casal planejava passar a noite em local seguro pois, na manhã desta terça-feira, iriam a um pátio do Detran para regularizar o veículo, que havia sido recuperado depois de roubado.
Corregedoria da PM investiga abordagem policial
Ainda na terça, a Corregedoria da Polícia Militar abriu procedimento interno para apurar as circunstâncias em que a vítima foi baleada, já que o veículo em que Vânia e o marido estavam havia sido roubado em abril e foi recuperado, mas somente nesta terça-feira (21), seria dada a baixa do registro do roubo no Detran.

No sistema da PM, o veículo ainda constava como furtado. Os agentes viram a placa e ordenaram a parada. O marido, que estava no volante, garante ter obedecido à ordem, mas assim mesmo um agente atirou e acertou Vânia.
“Foi um tiro para matar. Um tiro na direção da cabeça. Poderia ter dado no pneu do carro, que estava parado. Não tinha necessidade do que ele fez”, afirmou o marido da vítima, Carlos Alberto.
No entanto, a PM informou que o o casal não obedeceu à ordem de parar e tentou fugir da equipe. O carro teria sido perseguido e interceptado por outras viaturas em seguida com sinal luminoso.

Quando Carlos teria desembarcado, o veículo estaria engrenado e quase atropelou um dos policiais, o que teria induzido a guarnição a achar que se tratava de uma tentativa de fuga. "Foi quando houve o disparo”, diz o comunicado da Polícia Militar.

Ainda de acordo com a polícia, os policiais que participavam da blitz cursaram recentemente Estágio de Aplicações Táticas, aprimoramento técnico ministrado pelo Comando de Operações Especiais da Polícia Militar. "Portanto, estavam capacitados para cumprir missões em blitz, mesmo em condições adversas", prossegue a nota.

De acordo com o marido de Vânia, o policial pediu perdão por ter baleado a sua mulher. O PM teve a arma apreendida.

“Perdoar diante de Deus, ele está perdoado. Eu perdoo. Mas eu quero saber como eu vou chegar em casa e falar para os meus dois filhos que estão dentro de casa esperando a mãe deles. Um de oito e outro de dez anos. Eu quero que a justiça seja feita", destacou Lopes.



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