Dos 23 presos da
Operação Topique - entre prisões temporárias e preventivas - 12 pessoas suspeitas de fraudar licitações
envolvendo transporte escolar permanecem no sistema prisional. Outras 11 pessoas devem responder o processo
em liberdade.
Fonte:
Cidade verde

Os suspeitos são investigados por fraudes a licitações,
corrupção passiva, corrupção ativa e lavagem de dinheiro em ações envolvendo
supostamente o transporte escolar no Piauí e Maranhão.
Com relação às solturas, oito pessoas foram soltas findado o
prazo da prisão temporária, que era de 10 dias. Três foram soltas neste final
de semana por meio de habeas corpus. A liminar foi concedida pelo juiz federal
Saulo José Casali Bahia, relator convocado do gabinete do desembargador federal
Olindo Menezes, que analisou os pedidos e autorizou a saída dos suspeitos na
noite da última sexta-feira(10).
As solturas por habeas corpus foram da coordenadora do setor
de Transportes da Secretaria Estadual de Educação (Seduc), Lisiane Lustosa
Almendra Neiva e os empresários Luiz Carlos Magno Silva e Francisca Camila de
Sousa Pereira foram beneficiados.
Dos 23 mandados de prisões cumpridos pela Polícia Federal, 14
eram preventivos. Das nove temporárias, uma foi convertida em preventiva.
Em contato com a Superintendência da Polícia Federal do
Piauí, a assessoria de comunicação informou que a investigação ocorre em sigilo
e que não estaria disponível para gravar entrevistas.
Entenda a operação
Ainda na semana passada, a superintendente da Controladoria
Geral da União no Piauí, Erika Lobo, explicou que a investigação começou em uma
licitação em Campo Maior. A CGU está presente na operação porque os recursos
eram do Governo Federal repassado para os municípios.
Erika Lobo explicou como ocorria a fraude: "a
investigação verificou a fraude nas licitações para que uma empresa específica
ganhasse a licitação. Depois, havia a subcontratação superfaturado".
As empresas investigadas receberam, entre 2013 e 2017, pelo
menos R$ 297 milhões pagos por mais de 40 prefeituras municipais e pelo Governo
do Estado do Piauí, envolvendo transporte escolar e locação de veículos. O
valor do potencial prejuízo ao erário no período é superior a R$ 119 milhões.
Estão sendo cumpridos 14 mandados de prisão preventiva, 9 mandados de prisão
temporária e 40 mandados de busca e apreensão.
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